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Chernobyl; O mal uso da energia nuclear - 3 Parte
Data: 13/08/2013 às 02h38

Olá meus amigos, o conteúdo a seguir é a ultima das três partes que venho expondo sobre Chernobyl. Ao longo desta matéria acompanhamos como foi o maior desastre nuclear da história,  hoje finalizarmos esta leitura comentando sobre os  danos causados a população devido a radiação. Então, reflita um pouco mais sobre a chamada “energia limpa” de origem nuclear e  pense no seu futuro, com e sem ela. Boa leitura.     

 

(Continuando...) Os europeus entraram em pânico, sem saber o que fazer, as notícias chegavam destorcidas e ninguém sabia ao certo qual era a real gravidade do assunto, o medo de contaminação com tão temida radiação assustava a população, que saiu às pressas até as farmácias a procura de iodo, enquanto os hospitais e postos de saúde aplicavam injeções de iodeto de potássio, que podem prevenir a contaminação, mas isso só até baixas doses de radiação, e se for ingerido antes ou  no máximo até doze horas após a exposição a radiação. Este composto é utilizado em  remédios semelhantes aos usados por pacientes de quimioterapia.   Os efeitos da exposição à radiação são terríveis para a saúde humana, a radioatividade penetra no organismo, por respiração ou ingestão de produtos contaminados, e atua  nos vários órgãos conforme as propriedades de cada elemento presente, alterando o DNA (código genético que cada ser vivo possui), degenerando as células e transformando-as em células doentes, desencadeando problemas como mutação genética, descalcificação óssea provocando necrose ou câncer ósseo, distrofia e enrijecimento muscular causando perda de movimentos. A  radioatividade pode se instalar nos alvéolos pulmonares, irradiando-os e  provocando degeneração dos tecidos, a  diminuição dos glóbulos brancos, ou dos glóbulos vermelhos, gerando uma simples anemia ou até mesmo leucemia. Além destes, a radiação pode provocar dezenas de outros abalos a saúde humana, e uma série de tipos de câncer.

 

Sem contar os danos à saúde da população, o abalo econômico foi incalculável, não só momentaneamente quando a criação de ovinos, bovinos e outros gados foram interrompida, junto com as toneladas já abatidas que  foram comprometidas, e ainda a plantação de lúpulo e de linho que foram abandonadas, assim como todas as atividades econômicas da região. Mas devemos contar também com os prejuízos futuros, pois são áreas que por dezenas de anos, e até por séculos estarão contaminadas com radioatividade, tornando-se impróprias para a realização de qualquer atividade humana.  Alguns dias após a explosão, uma cobertura maciça de concreto contendo aço e chumbo, foi construída ao redor do reator danificado, o qual é chamada  de sarcófago, a construção foi projetada para conter a liberação radiação na atmosfera, mas devido a sua execução ter sido feita as pressas, existe uma falta de estabilidade,  a corrosão e infiltrações tomam conta da estrutura contaminando o solo e o lençol freático.   

 

A usina de Chernobyl foi oficialmente fechada no dia quinze de dezembro de dois mil, mais de 14 anos depois do acidente. Até parece mentira, mas o reator de numero 3 ainda permaneceu em funcionamento por vários anos após a catástrofe, sendo operado por uma pequena equipe de técnicos, com proteções especiais que ousavam desafiar o perigo, por seu país.   A desativação total da usina só se deu devido à pressão exercida por vários países e organizações internacionais, sobre a Ucrânia durante anos para que Chernobyl fosse fechada, o seu pretexto para manter a usina operando era que a Ucrânia precisaria de recursos externos para utilizar formas alternativas de energia. Então a União Europeia concordou em ceder US$ 1 bilhão para ajudar a Ucrânia a encontrar formas de substituir os reatores nucleares.  Hoje, muito tempo se passou  desde a tragédia de Chernobyl,  e aproximadamente 2,59 milhões de pessoas sofrem os efeitos da explosão da usina atômica, o que representa 5,5% do total da população do país. Desses, 105 mil são incapacitados para o trabalho devido a problemas de saúde ocasionados a partir do acidente. Entre as mais comuns, destacam-se as doenças sanguíneas e os vários tipos de câncer. Nos últimos dez anos, o contingente populacional da Ucrânia diminuiu 15%, pois a taxa de mortalidade passou a ser maior que a de natalidade.

 

Uma cidade fantasma é que se pode dizer de Chernobyl  hoje, o lugar virou um deserto, a visão que se tem é que o ambiente é assombrado, o tempo corrói as construções que foram abandonadas às presas, objetos e documentos pessoais, assim como móveis e até dinheiro foram esquecidos para sempre.  Relatam alguns  aventureiros que ousaram visitar o lugar. 

Então caros amigos leitores,  finalizo aqui o último dos três textos sobre esta terrível catástrofe que abalou o mundo. Espero que esta sirva como exemplo e que outras tais jamais aconteçam. O mundo precisa de energia, nós precisamos, mas até onde devemos caminhar  na busca deste recurso, sem por em risco nossa segurança? É difícil dizer, mas o certo é temos outras formas de produzir energia, menos perigosas, menos poluentes, enfim, só basta que se aposte nelas, isso, depende de nós.

 

Um grande abraço a todos vocês que nos acompanham e até a próxima.  

Professor Ricardo / BNC TV - 2013

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